Angélica Yassue
2 min readJun 24, 2019

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Dayanne, estava lendo este texto na hora do almoço, momento que sinto profunda inadequação — ao lado de colegas de trabalho com as conversas mais bizarras que é possível de se ouvir e não sentir vontade de vomitar. Neste ambiente estou longe de querer pertencer, minha vontade maior é fugir, e meu objetivo é resistir. Tenho tempo determinado, porém é muito tempo se sentindo mal todos os dias num lugar que você passa mais de 8 horas por dia, ao lado de pessoas que convive mais do que aquelas que você ama, e que te amam. Quando você diz que aprendeu sobre pertencer a si mesma eu noto que é algo que ainda não aprendi, até porque por mais que eu não sinta necessidade de querer pertencer a esse lugar, percebo que a vida toda busquei pertencimento, mas nunca encontrei até porque, com o seu texto, entendi que devo achar em mim este lugar. Só não sei ainda como encontrar. Gostaria de assumir uma postura mais verdadeira perante tudo e todos, eu realmente me sentiria mais confortável na minha pele, mas penso que em certos ambientes, como o de trabalho por exemplo, é impossível. Tenho um papel a cumprir, se as vezes solto mais a mão já assusto, sei que nunca serei acolhida num lugar como esses e não espero, mas às vezes não deixa de ser desesperador. Ao ponto de se sentir sem saída. Trabalho é uma questão importante da vida e no sistema econômico que vivemos trabalhamos para sobreviver, é realmente um privilégio se questionar se é possível mudar de condição de vida, mas como? O que fazer? É complicado… :/ Desculpa, dei uma viajada aqui, rs.

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Angélica Yassue
Angélica Yassue

Written by Angélica Yassue

nasci pra ser bronzeada e surfista, mas acabei vindo cabeçuda, dessas que escrevem para tentar insistentemente elaborar afetos e faltas.

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